A Revelação das 70 Semanas e das 2300 Tardes:

 


A Bíblia contém diversas profecias que revelam o plano divino para a humanidade. Entre as mais fascinantes e complexas estão as profecias das 70 semanas e das 2300 tardes e manhãs, encontradas no livro de Daniel.

 

 Estas profecias têm intrigado estudiosos ao longo dos séculos, sendo consideradas por muitos como um verdadeiro quebra-cabeça cronológico que aponta para eventos cruciais da história e para o fim dos tempos.

Neste artigo, vamos desvendar estas profecias de forma clara e acessível, explicando seus cálculos e revelando seu significado profundo para os dias atuais. Você descobrirá como estas antigas palavras proféticas traçam um caminho preciso desde o tempo de Daniel até o retorno do Messias.

O Calendário Divino: A Base para Entender as Profecias

Para compreender corretamente as profecias de Daniel, precisamos primeiro entender como funciona o calendário estabelecido nas Escrituras. Diferente do nosso calendário gregoriano que começa em janeiro, o calendário bíblico tem seu início no mês de Nissan (que geralmente cai entre março e abril).

O primeiro dia deste calendário é o 15 de Nissan, data em que o povo de Israel saiu do Egito, conforme registrado em Números 33:4. Esta data marca o início de um novo ciclo na contagem do tempo divino. Quando os israelitas entraram na Terra Prometida, também o fizeram no dia 15 de Nissan, como vemos em Josué 5:10-11.

Além disso, o calendário divino funciona em ciclos de sete anos, semelhante à nossa semana de sete dias. Após sete ciclos de sete anos (totalizando 49 anos), vem o ano do Jubileu, o quinquagésimo ano. Este é um tempo especial de libertação e restauração, quando escravos eram libertados e propriedades devolvidas aos seus donos originais, conforme estabelecido em Levítico 25.

Este sistema de contagem é fundamental para entendermos as profecias de Daniel, pois elas seguem exatamente este padrão divino de tempo.

A Profecia das 70 Semanas: Um Panorama Histórico

Em Daniel 9:24-27, encontramos a famosa profecia das 70 semanas. O texto diz: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua cidade santa, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos."

Esta profecia foi dada a Daniel quando ele orava pelo seu povo durante o cativeiro babilônico. O anjo Gabriel apareceu e revelou que Deus havia determinado um período de 70 semanas para cumprir Seu plano para Israel e para toda a humanidade.

Na linguagem profética, cada "semana" representa um período de sete anos. Portanto, 70 semanas equivalem a 490 anos (70 × 7 = 490). Este período começa com "a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém" e se estende até eventos relacionados ao fim dos tempos.

O Ponto de Partida: O Decreto para Reconstruir Jerusalém

O ponto inicial para a contagem das 70 semanas é o decreto para reconstruir Jerusalém. Este decreto foi dado pelo rei Artaxerxes no ano 418 a.C., conforme registrado em Neemias 2:1. Neemias, que servia como copeiro do rei, recebeu autorização para retornar a Jerusalém e reconstruir seus muros. Este decreto foi dado especificamente no mês de Nissan, alinhando-se perfeitamente com o calendário divino.

A partir deste ponto, começamos a contar as 70 semanas proféticas. A profecia divide este período em três partes distintas: 7 semanas, 62 semanas e 1 semana.

A Divisão das 70 Semanas e Seus Significados

A profecia de Daniel divide as 70 semanas da seguinte forma:

As primeiras 7 semanas (49 anos) correspondem ao período inicial de reconstrução de Jerusalém. Partindo do ano 418 a.C. e subtraindo 49 anos, chegamos ao ano 369 a.C. Este foi um tempo de restauração física da cidade santa, com suas praças e muralhas sendo reconstruídas "em tempos angustiosos".

Após estas 7 semanas, seguiu-se um ano de Jubileu (de 369 a.C. a 368 a.C.), conforme o padrão divino de tempo. Este ano marca uma pausa no ciclo regular antes do início do próximo período.

As próximas 62 semanas (434 anos) se estendem desde a conclusão da reconstrução até um evento crucial: a morte do Messias. Daniel 9:26 diz: "Depois das 62 semanas, será morto o Ungido, e já não estará." Este é um dos pontos mais importantes da profecia, pois aponta diretamente para a morte do Messias.

Seguindo o calendário divino de ciclos de 7×7 anos mais um ano de Jubileu, e contando 63 semanas (7 + 56) desde o decreto de 418 a.C., chegamos ao ano 32 d.C. Foi neste ano que o Messias morreu, cumprindo precisamente a profecia.

É importante notar que o Messias morreu com aproximadamente 30 anos de idade, conforme indicado em Lucas 3:23. Isto se alinha com o requisito estabelecido em Números 4:23, que determina que um profeta só poderia começar seu ministério aos 30 anos. O Messias pregou por cerca de seis meses antes de sua morte, que ocorreu no dia 15 de Nissan, a mesma data em que Israel saiu do Egito séculos antes.

A Guerra de Massada: A Chave para Entender a Profecia

Após a morte do Messias, a profecia continua se cumprindo com eventos históricos significativos. Daniel 9:26 diz que "o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário". Isto se cumpriu quando os romanos, sob o comando de Tito, destruíram Jerusalém e o Templo no ano 70 d.C.

Mas a profecia vai além. Ela se estende até a Guerra de Massada, que ocorreu no ano 74 d.C. Esta guerra marca o fim da revolta judaica contra Roma e resultou na expulsão dos judeus de sua terra, cumprindo a parábola da figueira infrutífera mencionada em Lucas 13:6-9.

A Guerra de Massada é a chave para entender toda a cronologia profética. Segundo o historiador Flávio Josefo, esta guerra terminou especificamente no dia 15 de Nissan, a mesma data em que Israel saiu do Egito e em que o Messias morreu. Esta precisão cronológica não é coincidência, mas um sinal da exatidão do plano divino.

Contando desde a morte do Messias no ano 32 d.C. até a Guerra de Massada no ano 74 d.C., temos exatamente 42 anos, ou 6 semanas proféticas (6 × 7 = 42). Somando as 63 semanas anteriores, chegamos a um total de 69 semanas cumpridas até este ponto.

A Última Semana: A Tribulação Final

Após a conclusão das 69 semanas, resta apenas uma semana para completar as 70 semanas profetizadas. No entanto, esta última semana não seguiu imediatamente após a 69ª. Em vez disso, foi "reservada" para o fim dos tempos.

Daniel 9:27 diz: "Ele firmará um pacto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição determinada seja derramada sobre o assolador."

Esta última semana corresponde ao período de sete anos conhecido como a Grande Tribulação, quando o anticristo fará um acordo de paz com Israel, apenas para quebrá-lo na metade do período. Este será um tempo de grande sofrimento, que culminará com o retorno do Messias para estabelecer seu reino.

Segundo os cálculos baseados na cronologia bíblica e nos ciclos de Jubileu, esta última semana começará em 2025 e terminará em 2032, quando o Messias retornará para derrotar o anticristo e estabelecer seu reino milenar.

A Profecia das 2300 Tardes e Manhãs: Uma Confirmação

Em Daniel 8:13-14, encontramos outra profecia importante: "Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, que entrega o santuário e o exército para serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado."

Esta profecia das 2300 tardes e manhãs está intimamente relacionada com a profecia das 70 semanas. Na linguagem profética, cada "tarde e manhã" representa um dia, e cada dia profético equivale a um ano literal (princípio dia-ano estabelecido em Ezequiel 4:6).

O ponto de partida para esta profecia é o surgimento do "pequeno chifre" mencionado em Daniel 8:9, que representa o Império Romano. Roma se tornou uma potência mundial no ano 268 a.C., quando conquistou a Magna Grécia no sul da Itália.

Contando 2300 anos a partir de 268 a.C., chegamos ao ano 2032 d.C. (268 + 2032 = 2300). Notavelmente, este é exatamente o mesmo ano em que termina a 70ª semana de Daniel, confirmando a precisão e a interconexão destas profecias.

O Significado do "Pequeno Chifre" e Sua Ação

Em Daniel 8:9-12, lemos sobre um "pequeno chifre" que "se engrandeceu até contra o exército dos céus; e lançou por terra alguns do exército e das estrelas, e os pisou". Este pequeno chifre representa o Império Romano, que perseguiu os primeiros cristãos, lançando-os "por terra" nas arenas com leões.

Mais significativamente, Daniel 8:11-12 diz que este poder "se engrandeceu até contra o príncipe do exército, e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E o exército foi entregue por causa da transgressão contra o sacrifício contínuo; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou."

Isto se refere à ação do Império Romano, através da Igreja de Roma, de alterar o fundamento da fé, substituindo o nome original do Messias por outro nome. Esta mudança é simbolizada como um ataque ao "fundamento do santuário", pois o nome verdadeiro é o fundamento da fé, conforme indicado em 1 Coríntios 3:10-11.

As Datas Futuras e Seu Significado

Baseando-se nestas profecias e nos ciclos do calendário divino, podemos identificar datas importantes para o futuro:

O arrebatamento dos fiéis está previsto para ocorrer em 12 de abril de 2025, que corresponde ao 15 de Nissan no calendário bíblico. Esta data coincide com a lua cheia (100%) e cai em um sábado, dia de descanso. Isto se alinha com a colheita das primícias mencionada em Levítico 23, que eram colhidas no dia 15 de Nissan (sábado) e apresentadas no dia 16 (domingo).

A Grande Tribulação começará em 2025 e durará sete anos, terminando em 2032 com o retorno do Messias. Este retorno marcará o fim do período de 6.000 anos da história humana (120 Jubileus desde Adão) e o início do reino milenar.

Conclusão: A Precisão do Plano Divino

As profecias das 70 semanas e das 2300 tardes e manhãs revelam a incrível precisão do plano divino para a humanidade. Desde o decreto para reconstruir Jerusalém até o retorno do Messias, cada evento ocorre exatamente no tempo determinado.

Estas profecias não são apenas curiosidades históricas, mas um testemunho da soberania divina sobre o tempo e a história. Elas nos mostram que Deus tem um plano meticuloso que está se desenrolando exatamente como previsto nas Escrituras.

À medida que observamos o cumprimento destas profecias, somos lembrados da importância de estarmos preparados para os eventos finais da história humana. O tempo está se cumprindo, e o retorno do Messias está mais próximo do que muitos imaginam.

Que possamos estar vigilantes e prontos, aguardando com expectativa o cumprimento final destas profecias e o estabelecimento do reino eterno prometido nas Escrituras.

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